quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Transparência tem peso?


Reza a lenda que este grupo de artistas encontrou um pato falante (que não era branco) e, para a alegria de todos, ele falava português e não a língua de Tlón. Somente os pensamentos dos locutores deste grupelho tangenciam semelhanças com aqueles produzidos naquela terra borgesiana. Num dos encontros finais entre os membros deste séquito e o sujeito-pato, eis que ele nos mimosca com a seguinte sabatina: a transparência tem peso? Depois disso houve rumores incertos sobre a desintegração do pato. Em homenagem a ele, encontram-se neste livro os desdobramentos originados pela perturbadora questão sem jamais prescrever uma resposta objetiva e , portanto, enfadonha. O pato sempre nos exortava: por mais terrível que seja a viagem é nela que se apresentam as delícias; o destino é apenas um fato. 
Lygia Eluf

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